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A morte por asfixias

AsfixiasPurasMistasComplexasGases irrespiráveis2. Confinamento1. Monóxido de carbono1. EsganaduraObstaculação1. Sufocaçãodireta2. Sufocaçãoindireta1. Enforcamento2. EstrangulamentoTransformaçãodo meio1. Afogamento2. Soterramento

Classificação de Afrânio Peixoto

Geral

As asfixias se definem pela impossibilidade de oxigenação dos diversos tecidos. Quando leva a morte e é causada por atores externos, torna-se de grande relevância para a medicina forense.

Conceitos importantes:

Sinais gerais de asfixias

A cianose é um fenômeno cadavérico encontrado normalmente quando o nível de hemoglobina não oxigenada atinge algo em torno dos 5%.

Asfixias puras

Cursam com anoxemia e hipercapnia.

Gases irrespiráveis

Monóxido de carbono

A caboxihemoglobina é de forte associação e impede a ligação de oxigênio, tornando predominante as hemáceas inúteis a respiração celular.

A morte ocorre, também, com depressão gradual do SNC e é indolor. Muito comum no suicídio, notadamente na sua forma egoísta. Observa-se hipóstases róseas carminadas.

Aqueles que sucumbiram sob o efeito do monóxido de carbono tem o sangue em cor vermelho vivo.

Confinamento

Transformação do meio

Afogamento

O verdadeiro afogamento é comumente chamado nos círculos de medicina legal como afogamento azul. O afogado azul é aquele que sofreu a asfixia submerso no líquido. Os já falecidos que são lançados para submersão em líquido para simular afogamento são chamados de afogados brancos e, no Brasil, trata-se sempre de um crime.

Os achados do afogado real são o — nem sempre presente — cogumelo de espuma róseo, o avanço da mancha verde iniciada no tórax e não no abdome e a presença de materiais estranhos nas vias aéreas, de origem aquática ou do líquido origem do afogamento além do sangue rosado e claro, diferente de outros asfixiados, causado pela hemodiluição.

Um importante detalhe sobre o cogumelo de espuma é que sua formação se dá intravitam.

Materiais estranhos podem ser encontrados em todos os brônquios pois foram aspirados, diferentemente do falso afogado que geralmente apresenta corpos estranhos até a traqueia, ou, no máximo, até o brôquio primário. Nos leitos aquáticos naturais, é comum a presença no exame de plâncton nas vias aéreas.

No pulmão do afogado, podem ou não surgir petéquias e as manchas equimóticas lenticulares de Tardieu, mas é indispensável que estejam presente as manchas subpleurais equimóticas de Paltauf, sem as quais não fala em morte por afogamento.

Além disso, podem ocorrer a presença de água no estômago, o enfisema hidroaéreo do pulmão, a água nas vias respiratórias e a presença de líquido nos ouvidos.

Conduta no afogamento
graph TD;
    a(Resposta ao chamado) -- Não --> y(Desobstrua via aérea, 
jawthrust, checar respiração
+ cuidado com trauma cervical) -- Sem
pulso carotídeo --> x(Morte/Grau 6) y -- Com
pulso carotídeo --> z(Grau 5) a -- Sim --> c(Ausculta pulmonar) -- Estertores
francos --> d(Pulso radial) -- Não --> m(Grau 4) d -- Sim --> gi(Grau 3) c -- Estertores leves
ou moderados --> l(Grau 2) c -- Normal
com tosse --> fim(Grau 1) c -- Normal
sem tosse --> lli(Resgate da cena)
Fases do afogamento

(Ver se convulsão ocorre no segundo ou terceiro momento)

Soterramento

Obstaculação

Sufocação direta

Sufocação indireta

Asfixias mistas

Cursam com anoxemia, hipercapnia e inibição, de forma a confundir a causa principal de morte.

Esganadura

Asfixias complexas

Cursam com anoxemia, hipercapnia e inibição, de forma concomitante, tendo todos três fenômenos concorridos para morte.

Enforcamento

O osso hioide pode estar íntegro. A língua pode se projetar fora da boca (procidêncida).

No enforcamento podemos encontrar sinais de Livores distribuídos em torno ou nos próprios sulcos da lesão:

Tipos de enforcamento:

No enforcamento completo, os membros inferiores estão suspensos e os superiores, colados ao corpo, com os punhos cerrados mais ou menos fortemente. Na forma incompleta, os membros assumem posições as mais variadas.

Estrangulamento

A procidência da língua também é um sinal comum do estrangulamento.

Fases das asfixias

1ª fase: cerebral

Vertigens, enjoos, sensação de angústia e lipotimia (prestes a desmaiar). Perda do conhecimento de forma rápida e bradipneia taquisfigmia (respiração lenta) 1 a 2 minutos

2ª fase: excitação cortical e medular

Convulsões generalizadas, contrações dos músculos respiratórios e da face, emissão de matéria fecal/urina (relaxamento dos esfíncteres), bradicardia (batimento cardíaco lento) e diminuição da pressão arterial 1 a 2 minutos

3ª fase: respiratória

Movimentos respiratórios lentos e superficiais Insuficiência ventricular direita Acelera a morte 1 a 2 minutos

4ª fase: cardíaca

Sofrimento do miocárdio: batimentos do coração lentos, arrítmicos, quase imperceptíveis ao pulso 3 a 5 minutos

Anóxias

Anóxica

Enforcamento

Afogamento

Anêmica

Estase

Histotóxica


Bibliografia

França


medicina · direito · penal · perícias